Este trabalho é da artista francesa, Sarah Garzoni.
As asas das borboletas servem de papel para impressão de diferentes ilustrações: códigos de barras e logos famosos, símbolos de nosso consumismo.
A série chama-se Mimesis (imitação, em grego) ironiza o fato do homem ignorar os seres vivos e usá-los como veículos para as próprias necessidades.
“As formas das borboletas são hipnóticas e as da publicidade também. Eu quis chamar a atenção para esse paralelo”, afirma a artista.
As borboletas são reais, conservadas após a morte e o processo de criação é simples, embora minucioso: A artista retira as asas do inseto e as cola, separadamente, em folhas de papel que serão inseridas na impressora. Depois, Sarah as costura novamente no corpo da borboleta. Algumas asas são bastante resistentes, mas é muito comum que elas se destruam ou fiquem presas na impressora.
A artista brinca dizendo que esse é um novo tipo de seleção natural. Mas logo poetiza: “É a força de um objeto tecnológico contra a fragilidade das borboletas”.
Original: Revista Galileu
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